sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Ensino internacional vai além de línguas e universidades estrangeiras

 

Engana-se quem pensa que educação internacional envolve apenas o ensino de outra língua ou a busca por universidades estrangeiras. A maioria dos alunos de colégios de multilinguagens prossegue com a formação acadêmica aqui mesmo no Brasil. Isso foi observado no Positivo International School, em Curitiba, única escola do Sul do Brasil com certificação internacional da Educação Infantil ao Ensino Médio. Dos estudantes formados pela instituição em 2019, 2020 e 2021, 70% integram atualmente universidades brasileiras.

Com foco multidisciplinar, as escolas com certificado internacional unem linguagens a ciências experimentais, exatas e humanas, aliadas a artes e esportes, com foco na formação para a vida em sociedade e o Ensino Superior, dentro ou fora do país. A diretora do Positivo International School, professora Mariangela Cunha, explica que a abordagem pedagógica utilizada é variada, mas com maior enfoque na investigação inquiry-based learning. “É uma abordagem na qual os alunos se engajam na aula e o professor os instiga a fazer perguntas, buscar respostas e realizar conexões enquanto refletem sobre o aprendizado. Isso é possível quando se trabalha em turmas com menor número de alunos”, explica.

Não é à toa que a procura por escolas internacionais e bilíngues tem aumentado significativamente nos últimos anos. Um levantamento realizado pela Associação Brasileira do Ensino Bilíngue (Abebi) revelou que, de 2014 a 2019, houve um crescimento de 10% no número de alunos matriculados nessas escolas. A proposta é desenvolver em cada um o intelecto e o conhecimento conceitual, mas também habilidades e competências específicas – como pensamento crítico para conseguir resolver problemas; criatividade e pensamento analítico; habilidade de pesquisa científica, para saber buscar, triangular e referenciar informação em várias fontes; habilidade de comunicação verbal, escrita, visual e plástica; habilidade de gestão de tempo para se organizar, saber o que priorizar, planejar e estabelecer objetivos claros; habilidades sociais no reforço à empatia, ao respeito e às relações saudáveis – que serão úteis para qualquer profissão escolhida. “O nosso programa é muito mais que o ensino de línguas. Os nossos alunos buscam um programa acadêmico de ensino básico internacionalmente reconhecido e que os prepare para os mais variados cursos universitários”, conta a diretora.

“O colégio auxilia não só no sentido acadêmico, com enfoque nas línguas e com aulas sobre geopolítica mundial, como também nos ensina a sermos cidadãos do mundo e, pelo IB learner profile, nos mostra como entender o outro e o diferente; como ter empatia pelo próximo, ajudando-o a resolver questões sem esperar nada em troca”, relata o aluno Gabriel Stein Sabbag, de 15 anos. No segundo ano do ensino médio, o estudante busca a carreira diplomática. “No Positivo, temos convívio com diferentes línguas e sistemas de governos, além do contato cultural com outras nações”, completa.

Um dos principais pilares do ensino internacional é fazer com que os alunos aprendam a estudar, conforme relata Luccas Marcolin Miranda, que se formou no colégio em 2021 e, atualmente, cursa Medicina na PUC-PR. “Os conteúdos vistos no ensino médio estão sendo muito úteis até mesmo para as provas da graduação. Todos os recursos e ensinamentos que aprendi no Internacional estão me ajudando a executar com excelência as atividades da faculdade”, revela Luccas, que diz ainda que a base adquirida com a educação internacional é muito mais aprofundada em relação a de seus colegas de universidade. “No primeiro período, eu revi muitos dos conteúdos que já havia estudado no colégio. O modelo de ensino do Internacional é muito próximo do que é uma instituição de ensino superior e você já chega preparado para a graduação, que acaba não sendo tão difícil”, completa.

Além disso, Luccas revela que não sabia se estava preparado para o vestibular, por não ter feito cursos preparatórios específicos, mas descobriu que o ensino do IB foi o suficiente para conseguir notas altas nas provas que realizou. “Eu acabei gabaritando biologia no vestibular da PUC e química no da UFPR, além de tirar 9 de 10 na redação da PUC e 27 de 30 na da Federal”, conta Luccas, destacando que todas as contribuições que o ensino do IB proporciona se refletem nos resultados dos vestibulares e nas provas da própria faculdade.

A diretora reforça que os estudantes dessa metodologia saem fluentes em dois idiomas e buscam os mais variados cursos, como Diplomacia, Artes, Medicina, Engenharia, Direito, Relações Internacionais, Business, Economia e Teatro. “Temos um serviço de aconselhamento acadêmico (college counselor) que os auxilia nas tomadas de decisão, para descobrirem qual a melhor universidade ou opção para o curso que desejam, dentro ou fora do país”, ressalta Mariangela.

Ela lembra que o Positivo já estava certificado pelo IB na Educação Infantil e Anos Iniciais - pelo programa Primary Years Programme, e também para o Ensino Médio - pelo Diploma Programme. “A certificação MYP veio para a escola com certificação IB desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, ou o que chamamos de IB Continuum. Até ao momento, somos uma das três escolas do Brasil com esta certificação e a única do sul do Brasil”, explica. O título beneficia a já utilizada verticalidade pedagógica e a preparação integral e contínua do aluno. “É o maior selo de qualidade que um órgão externo pode atribuir a um colégio. Um ensino rigoroso e de alta performance, pautado na multiculturalidade, multilinguagens e na consciência global”, conclui Mariangela.

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