segunda-feira, 29 de junho de 2015

A curitibana Leonor Demeterco Corrêa de Oliveira reúne contos e crônicas que escreveu ao longo dos anos no livro Era uma vez...



A vida intensa, a personalidade marcante e o humor requintado colaboraram para que Leonor Demeterco Corrêa de Oliveira colecionasse boas histórias, sejam elas felizes ou melancólicas. Parte destes relatos, escritos ao longo de décadas, estão agora reunidos no livro Era uma vez..., que será lançado dia 30 de junho, às 19h30, na Livrarias Curitiba do ParkShopping Barigui. Na ocasião, a autora estará presente para sessão de autógrafos.

A obra apresenta contos e crônicas, alguns autobiográficos e outros que flertam com a ficção, que são reflexões de uma dona de casa sobre amizade, filhos, netos, alegrias e tristezas. “Decidi compartilhar com o público as minhas histórias em um livro porque, na minha idade, era o que eu poderia fazer sem precisar sair de casa, talvez. E também porque já estava tudo escrito”, diz Leonor. Durante um ano ela selecionou os textos que escreveu desde 1955, a princípio diários e posteriormente cartas. Ao final, há ainda um testemunho da autora em como lidar com a vida após seu acidente. “Publicar meu primeiro livro foi um ato de coragem, muitos amigos me incentivaram. Mas, para falar a verdade, sinto-me constrangida”, completa. As ilustrações são de autoria de Maria Martha Reichmann.

Nascida em Curitiba em 1940, Leonor conta que o fato de sempre ter gostado de ler e escrever a levou a dar aulas de português no colégio Anjo da Guarda. “Mais tarde, Vera Miraglia, proprietária do colégio, teve a ideia de que eu desse aulas de redação para sua filha Verinha e ela veio já trazendo outros amigos, que se multiplicaram e viraram dezenas de alunos sendo preparados para as provas de literatura e redação do vestibular, ao longo dos anos. Foi o melhor que poderia ter acontecido para mim”, relembra. Apreciadora de Marina Colassanti, Clarice Lispector, João Cabral de Mello Neto, Guimarães Rosa e Fernando Pessoa, atualmente se interessa por livros sobre espiritualidade.

A autora publicou muitas crônicas em jornais paranaenses, nos anos 1970, com pseudônimos. “Na Gazeta do Povo meu pseudônimo era Francisca Lemos. Em O Estado do Paraná era Conceição Menezes. Meu gênero preferido era a crônica. Depois, resolvi entrevistar mulheres sobre sua profissão. Gostei muito. Mas a Gazeta queria que eu escrevesse sobre ‘o automóvel e a paquera’. Eu me senti insultada. Hoje, eu daria muita risada e faria uma matéria bem engraçada”. Além disso, Leonor participou da Antologia Alfa-Omega, “Assim escrevem os Paranaenses” (1977); e do livro “Erkundungen 38 Brasiliansche Erzahler” (Alemanha, 1988). Também recebeu o prêmio de Melhor Participação Paranaense no Concurso Nacional de Contos do Paraná, em 1970.

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