segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Agosto Azul: mês dedicado a eles

Campanha incentiva cuidados com a saúde masculina

Eles não gostam de ir ao médico. Seja por falta de tempo, medo ou por aspectos culturais, os homens costumam procurar ajuda apenas quando a doença já está em estágio avançado. É isso que revelou um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Urologia com 3500 homens com mais de 40 anos em sete cidades brasileiras. Mais da metade deles declarou que não têm o costume de ir ao urologista ou ao cardiologista com regularidade. "Esta 'negligência' com a própria saúde dificulta a descoberta precoce e o tratamento eficaz, já que uma doença detectada logo no seu início tem maiores chances de cura", explica Marcos Kozlowski, bioquímico e responsável técnico do LANAC – Laboratório de Análises Clínicas.

Criada a fim de motivar uma mudança de comportamento, a campanha Agosto Azul busca incentivar os homens a procurar atendimento médico e verificar sua condição de saúde com mais frequência. Além dos exames que traçam o perfil do metabolismo, mostrando os níveis de colesterol, glicose e pressão arterial - que podem indicar ou não a existência de determinadas doenças, os homens ainda precisam realizar alguns testes específicos. "É o médico que, após uma consulta minuciosa, indica os exames adequados de acordo com a idade e o histórico de cada paciente. Assim, seguindo essa rotina laboratorial, é possível prevenir e rastrear doenças, como o câncer, e garantir que a saúde vai bem", alerta.

A partir dos 40 anos, eles precisam ainda se submeter anualmente aos exames fundamentais para o diagnóstico precoce do câncer de próstata (o segundo mais comum entre os homens), como o exame de toque e o PSA. Um dos marcadores tumorais mais solicitados pelos médicos em todo o mundo, o PSA também pode revelar inflamações ou traumas na próstata e o crescimento benigno da glândula. “O PSA pode estar normal ou aumentado e a dosagem é realizada por amostra de sangue. Geralmente, até 4 ng/ml do antígeno no sangue é considerada uma taxa normal. Acima disso, o paciente realiza um novo teste de PSA e, eventualmente, deve fazer exames complementares para determinar a origem desse aumento”, conta o bioquímico.

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