segunda-feira, 14 de março de 2016

Xilogravura japonesa e urushi são temas de minicursos gratuitos, em Curitiba



Os encontros, que serão realizados no MON, fazem parte da exposição Olhar InComum: Japão Revisitado

Será promovido, na próxima quarta-feira (16), no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, o minicurso A Impressão na Xilogravura Japonesa, ministrado por Karina Takiguti, das 10h às 11h30. A programação, que é gratuita e aberta a todos os interessados, inclui um breve panorama da xilogravura japonesa, com especial atenção às obras que exploram as possibilidades de impressão. O público poderá conhecer as particularidades da técnica, que utiliza tinta à base d’água e o instrumento baren, uma ferramenta feita de bambu usada especialmente para imprimir. Também haverá exposição dos materiais utilizados e de xilogravuras.

Karina é mestranda e bacharel em História da Arte pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Pesquisa sobre a iconografia da tatuagem na máfia japonesa e a influência do Japão nas produções artísticas brasileiras contemporâneas. Em 2015, ministrou a “Demonstração de Impressão de Xilogravura Japonesa”, junto com Priscila Yanagihara e Monica Yatsugafu, no evento SP Estampa, organizado pela Galeria Gravura Brasileira. Atualmente, integra a equipe do Atelier Paulista.

No dia 17, das 10h às 11h30, é a vez da palestra sobre urushi, com Takako Nakayama. Ela falará sobre a técnica da laca charão, uma resina vegetal utilizada para revestir objetos da arte tradicional chinesa e japonesa. Depois de refinada, a laca é misturada a pigmentos e aplicada de forma criativa na superfície dos objetos. A primeira aparição da técnica data do período Jomon, quando o urushi era aplicado nos objetos como resina impermeabilizante. Esse encontro também é gratuito e aberto ao público em geral.

Nakayama cursou a escola Ishikawa Kenritsu Wajima Gijutsu Kenshuujo, de 2000 a 2002, na cidade Wajima, onde aprofundou seus conhecimentos nesta arte milenar. Em 2005, recebeu da Associação de Preservação do Patrimônio Histórico do Japão uma carta de reconhecimento de capacidade de restauração de objetos históricos em urushi. Trabalhou como restauradora do patrimônio histórico japonês até vir para o Brasil, em 2006.

As oficinas fazem parte da exposição Olhar Incomum: Japão Revisitado, que será aberta no dia 16 de março, no MON, com o olhar de 21 artistas contemporâneos que possuem laços sanguíneos com o país asiático. A mostra, que tem curadoria de Michiko Okano, professora de História da Arte da Ásia da Unifesp, contempla múltiplas linguagens, como desenho, pintura, gravura, grafite, escultura, objeto, fotografia, cerâmica, urushi (charão), design, vídeo, música, poesia, caligrafia, instalação, intervenção, performance e a famosa cerimônia do chá. Para mais informações, clique aqui.

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