sexta-feira, 1 de abril de 2016

“Eu vejo assim” retrata sonhos e aventuras de crianças em tratamento




“Na próxima terça, dia 05 de abril, na Galeria InterAtividade, no Pátio Batel, estreia a exposição do projeto que transforma sonhos de crianças em obras de arte utilizando ilustração, fotografia e interações digitais. A mostra fica em cartaz até o dia 29 de abril”.

Uma imagem realmente vale mais que mil palavras no projeto “Eu vejo assim”, realizado com incentivo do Ministério da Cultura, apoio da Montenegro Produções Culturais e Hospital Pequeno Príncipe, para transformar desenhos de sonhos e aventuras em fotografias a partir da percepção do universo infantil. O trabalho produzido por crianças em tratamento no Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, poderá ser conferido na mostra, que estreia na próxima terça, dia 05 de abril, às 20horas, e fica em cartaz até o dia 29 de abril, na Galeria InterAtividade, no Pátio Batel (Avenida do Batel, 1868).

A iniciativa surgiu com o propósito de resgatar o lado lúdico da infância de crianças em tratamento em hospitais, que por passarem longos períodos internadas, acaba ficando adormecido. “Nossa proposta era transformar os desenhos das crianças e suas impressões sobre o mundo em produções fotográficas em que elas são os próprios personagens de suas criações”, explica a produtora e coordenadora geral do projeto, Carolina Montenegro. Para viabilizar a ideia, o projeto contou com patrocínio de 22 empresas paranaenses, por do incentivo oferecido pela Lei Rouanet, do Ministério da Cultura.

Ela conta que a proposta foi inspirada no trabalho do fotógrafo canadense Shawn Van Daele, que em 2014 retratou sonhos de crianças que enfrentam doenças ou passaram por alguma tragédia familiar. “Com a utilização de fotografia, ilustração e arte digital foi possível transformar cenários de sonhos em realidade”, conta.

O resultado da mostra é reflexo do trabalho de um time completo, que durante meses se dedicou ao projeto. Um grupo formado por arte-educadores, jornalistas e fotógrafos passou 30 horas em atividades no Hospital Pequeno Príncipe, trabalhando junto às crianças na produção dos desenhos e registro das suas histórias. Um estúdio fotográfico também foi instalado dentro do hospital, onde as crianças foram fotografadas em cenas que remetiam aos seus desenhos e histórias. “O trabalho nos mostrou que a criança, ao imaginar um sonho possível, vê a si mesma, vê a sua condição, então, se permite sonhar e acreditar que o sonho pode acontecer. E assim, aos poucos, ela já sai do hospital muito antes de ter alta, através das portas da sua imaginação”, diz Guilherme Zawa, coordenador de fotografia do projeto.

Na próxima etapa do trabalho entrou em cena o time de ilustradores, fotógrafos e jornalistas para criar suas impressões a partir do trabalho das crianças. Nessa fase foram criados as ilustrações e crônicas individuais para cada produção infantil. Em seguida, um grupo de programadores visuais entrou em campo para animar as ilustrações que serão apresentadas na exposição do projeto.

Com a parceria do Pátio Batel, a mostra apresentará as animações de todas as ilustrações, trará uma mesa touch com as histórias, fotos e desenhos produzidos pelas crianças. "O Pátio Batel, ao abrigar o projeto ´Eu vejo assim´, ressalta a importância do papel transformador da arte no desenvolvimento sensível e criativo do ser humano", afirma Tom Lisboa, curador de arte do shopping.

Na ocasião também será lançado o catálogo do projeto, com assinatura do artista André Coelho.

Ficha técnica

Realização: Ministério da Cultura

Coordenação do projeto: Carolina Montenegro

Coordenação de fotografia: Guilherme Zawa

Produção: Silvia Yokoyama e Odete Montenegro

Fotógrafos: Lucas Costa e Daniel Rebello

Ilustrador: Isaac Santos

Redator: André J. Gomes

Criação catálogo: André Coelho

Arte-educadora: Kátia Horn

Apoio: Montenegro Produções Culturais, Hospital Pequeno Príncipe e Pátio Batel.

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