terça-feira, 10 de maio de 2016

VITA inaugura Centro de Vacinação

Crédito: Priscilla Fiedler / Central Press

Imunização contra gripes, pneumonia e outras doenças virais garante saúde e bem-estar da população

O Hospital VITA acaba de inaugurar o Centro de Vacinação, localizado na unidade da Linha Verde, na BR-116. Gripes, pneumonia e doenças virais são as responsáveis por faltas ao trabalho e escola, e até por causar morte entre pessoas de diversas faixas etárias, desde a infância até a maturidade. Para a médica infectologista e responsável pelo Centro de Vacinação VITA, Marta Fragoso, disponibilizando o serviço de vacinas de imunização para a comunidade, o Hospital aderiu a uma mais das importantes ações em saúde pública.

Segundo a infectologista, atualmente um dos principais problemas no mundo é o índice elevado do uso de antibióticos e a resistência bacteriana. Porém, de acordo com ela, com a imunização há uma redução da necessidade de uso de antibióticos. “Isso é muito importante. Nós também estamos colaborando para a redução do uso de antibióticos na comunidade e com isso, contribuindo para a redução da seleção de bactérias com resistência”, destaca.

A especialista ressalta também que consultas de rotina anuais, vacinação em dia e hábitos de higiene são parte de um amadurecimento saudável, juntamente com uma dieta equilibrada e a prática de atividades físicas. “A vacinação é uma medida que pode ajudar a prevenir infecções e doenças, pois estimulam o sistema imunológico e não exige mudança no cotidiano do paciente”, reforça Marta.

Gripe - É uma infecção viral causada pelo Influenza, um vírus respiratório com três tipos: A, B e C. O vírus C causa quadros clínicos leves, já o A e B são responsáveis pelas epidemias sazonais. A médica Marta Fragoso explica que há a possibilidade de utilizar uma medicação antiviral denominada Tamiflu (princípio ativo Oseltamivir), que bloqueia a replicação viral e reduz a duração dos sintomas e a gravidade da doença. No entanto, para algumas cepas que causam quadros mais graves indica-se a vacinação.

Mais comum no outono e no inverno devido às baixas temperaturas, a gripe apresenta congestão nasal, coriza, febre alta, fortes dores musculares e articulares, dores de garganta e de cabeça intensa atrás dos olhos, diarreia e vômitos em crianças (em função da relativa imaturidade do trato gastrointestinal que os faz absorver mais vírus com mais sintomas intestinais). Pode ainda disseminar-se até os pulmões, causando pneumonia, insuficiência respiratória e óbito.

Assim como o resfriado, os sintomas da gripe duram entre sete e 10 dias, mas a gripe pode resistir com sintomas de até três a quatro semanas sem a presença ativa do vírus, mas em função da reação inflamatória imunológica viral.

Prevenção - Medidas simples como higienizar as mãos, não compartilhar copos ou outros objetos de uso pessoal, evitar ambientes fechados sem ventilação adequada e aglomerados, alimentação e repouso equilibrados, usar lenço descartável e cobrir a boca ou nariz ao espirrar ou tossir, evitar tocar mucosas de boca, nariz e olhos. Além disso, a melhor medida de prevenção é a vacinação disponível contra as quatro cepas que costumam evoluir com maior gravidade: influenza A (H1N1), influenza A (H3N2) dois subtipos de Influenza B. No serviço público se encontra a trivalente que comporta a proteção contra H1N1, H3N2 e um subtipo de influenza B. No serviço privado está disponível a trivalente e a quadrivalente que, além de proteger contra H1N1, contém também a proteção contra os dois subtipos de Influenza B. Em geral os anticorpos protetores após a vacina estão presentes entre duas a três semanas, conferindo imunidade por seis a 12 meses, desta forma exigindo vacinação anual.

A vacina deve ser indicada, no mínimo, para pessoas com comorbidades como cardiopatas, diabéticos, imunodeprimidos, doentes pulmonares crônicos, gestantes, puérperas, idosos, reclusos, indígenas e profissionais da saúde.

Pneumonia pneumocócica - É uma infecção nos pulmões, causada por uma bactéria chamada pneumococo que se instala no trato respiratório superior, podendo se espalhar para o sangue. A médica Marta Fragoso explica que quando a bactéria se aloja nos pulmões, trata-se de pneumonia pneumocócica. Já quando entra na corrente sanguínea, a doença chama-se pneumonia pneumocócica invasiva.

Os danos nas paredes respiratórias e o comprometimento das células de defesa do organismo aumentam as chances da bactéria pneumococo chegar aos pulmões, levando à pneumonia pneumocócica. A doença prevalece no outono e no inverno porque o ar é mais frio e seco que nos outros meses, causando lesões nas mucosas que revestem as vias do nariz e de outros órgãos que levam o ar aos pulmões. Ficar muito tempo em ambientes fechados também favorece o contágio.

“Existe uma maior probabilidade da pneumonia pneumocócica ocorrer sobretudo quando o sistema de defesa está debilitado por outra causa como gripe, outras doenças respiratórias, tabagismo, ou doenças associadas como diabetes doenças cardíacas ou outras doenças crônicas”, explica Marta.

Outro ponto destacado pela médica é o envelhecimento. Sabe-se que o risco de contrair doenças infecciosas aumenta com o avançar da idade devido à debilidade do sistema imunológico. Mesmo nos idosos mais ativos e saudáveis, a capacidade de defesa do organismo se reduz com o tempo, especialmente a partir dos 50 anos. “Já a doença pneumocócica, atinge especialmente pessoas acima de 65 anos, podendo levar a óbito, por isso a necessidade de prevenir”, orienta a infectologista.

No Brasil, pneumonias por todas as causas em pessoas com mais de 50 anos representam 50% de todas as internações e matam 1,6 milhão de pessoas no mundo. Além disso, segundo a médica, quatro em cada 10 hospitalizações por gripe estão associadas à pneumonia pneumocócica.

Como diferenciar os sintomas da pneumonia pneumocócica dos sintomas da gripe?

No início, os sintomas podem ser semelhantes. Porém, quando surgem outras complicações com efeito mais duradouro, é preciso consultar um médico. A pneumonia é a complicação mais frequente da gripe.

Sintomas da Pneumonia Pneumocócica: febre, calafrios, dor no peito, tosse, falta ar, fraqueza, queda da pressão arterial, frequência cardíaca elevada e confusão mental.

Diagnóstico: por meio de exame clínico, auscultação dos pulmões, radiografias de tórax e exames laboratoriais são os recursos essenciais para o diagnóstico.

Prevenção: assim como a gripe, a pneumonia pneumocócica pode ser prevenida por meio de vacinação. As vacinas pneumocócicas não contém agentes vivos, não causando a doença, embora algumas reações adversas possam ocorrer como em outras vacinas. Pode ser administrada juntamente com a vacina contra a gripe.

Centro de Vacinação VITA - O evento de inauguração contou com a presença de Luís Henrique Melo, médico infectologista e docente da faculdade de Medicina da Univille (SC). O convidado palestrou sobre Vacinas e Pneumonia. A unidade do VITA de Volta Redonda (RJ) também possui Centro de Vacinação. Já a inauguração do Centro de Vacinas da unidade do Batel está prevista para o segundo semestre. A oferta de vacinas depende da disponibilidade do produto no Centro de Vacinação VITA.

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