terça-feira, 29 de setembro de 2015

AUTORA ESCREVE SOBRE A ÚLTIMA ÓPERA DE RICHARD WAGNER E LANÇA UM GUIA DO OUVINTE COM ANÁLISE LITERÁRIA E MUSICAL DA ÓPERA PARSIFAL



Guia do Ouvinte Parsifal será lançado no próximo dia 30 de setembro, na Livraria da Vila do Pátio Batel, com sessão de autógrafos.

A paranaense Lúcia Schiffer Durães, autora do livro O Anel do Nibelungo, Guia Prático do Ouvinte, anuncia o lançamento de sua segunda obra: GUIA DO OUVINTE PARSIFAL, uma análise literária e musical da ópera Parsifal do compositor Richard Wagner.

Parsifal é uma ópera de três atos, que estreou no Bayreuth Festspielhaus, em julho de 1882. O primeiro e o último ato da ópera são encenados no território do Graal, na floresta e no templo do Graal, em Montsalvat, que é um local fictício com uma paisagem típica das montanhas do norte da Espanha, na época gótica, onde vivem os cavaleiros do Graal. O segundo ato é encenado no castelo de Klingsor e no jardim onde vivem as Moças-Flores.

Segundo Lúcia, Parsifal é o ponto alto da grande reforma da ópera, realizada por Wagner. “O compositor queria fazer uma reforma completa, musical e social, no mundo da ópera. Wagner foi bastante abrangente ao desafiar as tradições sociais e musicais do teatro lírico do século XIX. Ele criticou o mundo da ópera de forma polêmica e moralista, pois o público se preocupava mais com o glamour social e o divertimento do que com o significado e a unidade artística”.

Lúcia enfatiza que o principal objetivo de Wagner ao promover uma reforma na ópera era causar o retorno da sociedade ao seu espírito puro e original, utilizando o drama na música. “Ele desejava mostrar as verdades não compreendidas pela sociedade. A música deveria ter um poder expressivo em relação ao drama”.

A autora do Guia do Ouvinte Parsifal explica que, as óperas de Wagner são divididas em árias e duetos, como acontecia nas óperas italianas e francesas. “O compositor queria restaurar a importância do tema e do movimento dramático, de forma a transformar a partitura em uma sinfonia”. O mais importante na música deveria ser a sensação expressa, que despertava as emoções do ouvinte e não somente a expressão melódica em si. O resultado seria a melodia dramática, que podemos ouvir na ópera Parsifal.

A autora comenta, também, que Parsifal é uma obra de arte que reflete profundamente sobre os aspectos do sagrado e sobre as questões humanas essenciais como o amor, o erro, a ética, o perdão, a redenção, a compaixão, a caridade, a sabedoria e o ser humano perante a coletividade. “Parsifal é uma obra que pode ser interpretada como sagrada ou profana, cristã ou pagã, conservadora ou progressista. É uma síntese de toda a ambivalência estética do compositor”.

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