quinta-feira, 22 de outubro de 2015

IDA HANNEMANN DE CAMPOS EXPOSIÇÃO E LANÇAMENTO DE LIVRO



A artista plástica paranaense Ida Hannemann de Campos realiza grande exposição de pinturas e desenhos no MAC/PR 

Recentemente (dia 8 de Outubro) lançou juntamente com o autor Fernando Bini o livro: “IDA HANNEMANN DE CAMPOS ENTRE O PINCEL E A PENA”. 

A grande artista paranaense IDA Hannemann de Campos apresenta nessa exposição no Museu de Arte Contemporânea (MAC PR) obras que contam da sua longa trajetória pelos caminhos da arte, seja no desenho, na pintura, na aquarela e na tapeçaria. Uma representativa exposição, que tem curadoria de Fernando A.F. Bini e de Heloísa Campos.  .

Na apresentação do livro: “Ida Hannemann de Campos entre o pincel e a pena” de autoria de Fernando A. F. Bini, Professor de história da arte e crítico de arte, pode se ler: ”A artista curitibana Ida Hannemann de Campos nasceu no dia 16 de junho de 1922 e nos anos 1940 passou a frequentar o ateliê do pintor ítalo-brasileiro Guido Viaro, de quem herdou sua forte tendência figurativa”. Em mais de 70 anos de trabalho, permanece ativa e expressa com notável criatividade sua habilidade com o traço e a cor em desenhos, aquarelas, cerâmicas, gravuras, pinturas, tapeçarias e poesias.

Suas figuras são leves, coloridas e espontâneas, produzidas pela sua rica imaginação; ela trabalha com os planos transparentes de luz e cor produzindo uma síntese plástica com base na simplicidade e recriando a natureza. Os seus desenhos merecem um comentário à parte principalmente pela quantidade e variedade de temas, que ela conserva organizados e catalogados por assuntos. São estudos, observações de viagens ou passeios, normalmente datados e assinados formando uma espécie de diário pessoal através de imagens colhidas no seu cotidiano. Há também desenhos como experimentação, sejam eles de técnicas diferentes ou mesmo para desenvolver sua habilidade e gestualidade, privilegiando o nanquim e a aquarela líquida (ecoline).

Os desenhos de Ida Hannemann de Campos são rápidos e fazem recurso às mais diferentes técnicas, incluindo a utilização de tinta gráfica. Desenha desde a infância, quando se surpreendia com o que podia fazer nas suas brincadeiras. Gostava de riscar no chão e estes rabiscos tomavam a forma de flores, de bichos, de gente – e ela diz que continua riscando até hoje.

É nos desenhos, mais do que em outras técnicas, que ela é a intérprete do Paraná, narrando o seu folclore, seus hábitos e costumes, as lendas indígenas e a economia artesanal, principalmente do litoral do Paraná. São verdadeiros documentários gráficos, como as séries “Malhando Judas” e “Lavadeiras”, de 1963, e “Arrastão”, “A pesca do siri” e “Moinhos de mandioca”, de 1967, em que registra o folclore urbano e as histórias populares.

Nestas séries, como também na série sacra “No Horto das Oliveiras”, de 1966, como exemplos, ela inventa uma técnica pessoal, desenhando com uma tinta gráfica sobre papel para depois manchar com um removedor doméstico (Varsol, removedor à base de petróleo), o que dava a impressão de movimento. “

Importante destacar que esta exposição no MAC PR complementa a exposição realizada no ano de 2013, no Museu Oscar Niemeyer (MON).

O livro está repleto de obras da artista nas suas mais diferentes manifestações artísticas com o design gráfico de Adriana Alegria, a edição é bilíngue com 288 páginas, formato 24 X 30 cm, capa dura. Destacar também, que a realização desta exposição e o lançamento do livro só foram possíveis por terem sido contemplados nos projetos culturais (Cultural Office) tanto junto à Lei Municipal de Incentivo à Cultura e Lei Federal de Incentivo à Cultura; - pela Lei Municipal os patrocínios são da Electrolux, Cartrom Embalagens e Hotéis Deville.

Por sua vez pela Lei Rouanet - patrocínio da COPEL, através do Programa Conta Cultura, da Secretaria de Estado da Cultura.

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